Para apoiar os mercados financeiros e a economia durante as epidemias, o Federal Reserve dobrou sua carteira de ativos para US$ 9 trilhões em títulos do Tesouro e hipotecas.
As autoridades ainda não anunciaram planos sobre como reduzir esses ativos. Embora o desenho de seu plano seja semelhante ao experimento anterior executado no portfólio de propriedades em 2017, o processo será mais rápido e mais disruptivo para os mercados financeiros do que no passado.
Durante e após a crise financeira de 2007-09, o banco central foi o primeiro a comprar títulos em grande escala conhecidos como “quantitative easing”. Em um momento em que a taxa de juros de curto prazo do banco central estava próxima de zero, as taxas de juros de longo prazo estavam sendo cortadas e os investimentos dos investidores em ativos de risco, como ações, títulos corporativos e imóveis, estavam sendo comprados para estimular a economia crescimento. Parou de expandir seu portfólio em 2014 e reinvestiu a renda dos títulos maduros como novos, dólar a dólar.
Em 2017, quando o banco central decidiu que os incentivos não eram mais necessários, começou a encolher sua carteira passivamente – ou seja, em vez de vendê-los ativamente no mercado aberto, permitindo que amadureça sem reinvestir renda.
Neste ponto, as autoridades optaram novamente por uma abordagem principalmente passiva, para que os investidores não precisem adivinhar como o banco central pode reconsiderar suas recompras de títulos de uma reunião para outra.
Mas a recuperação passiva será maior e mais rápida do que há cinco anos. Mais tarde, as autoridades, alarmadas com o funcionamento do segundo turno, impuseram um limite de US$ 10 bilhões ao fluxo mensal, aumentando lentamente esse limite para US$ 50 bilhões por ano.
Nesta rodada, as autoridades indicaram recentemente que permitiriam que US$ 95 bilhões em títulos vencessem a cada mês – US$ 60 bilhões em títulos do Tesouro e US$ 35 bilhões em títulos lastreados em hipotecas – quase o dobro do que no passado. O segundo turno começará em junho e atingirá o novo limite em alguns meses, em vez de um ano.
Ao contrário da última vez, o banco central tem mais de US$ 300 bilhões em títulos do tesouro de curto prazo. Cabe ao banco central decidir como vencer essas letras. Em sua reunião em março, as autoridades discutiram planos para permitir que a carteira expulse letras nos meses em que os limites de recuperação dos títulos do Tesouro não estiverem vinculados. Ou seja, com apenas R$ 45 bilhões em títulos rodando em um mês, o banco central permitiria que R$ 15 bilhões em títulos vencessem para manter o fluxo total de R$ 60 bilhões a cada mês.